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Janeiro Branco: Vamos falar de saúde mental?

En 08/01/25 15:29 . Actualizado en 08/01/25 15:54 .

UFJ oferece atendimento com psicólogos para os alunos

Começar uma atividade física, terminar de ler um livro que está na prateleira, concluir um curso. Início de ano é hora de fazer metas e, para conseguir cumpri-lás, é preciso estar bem de saúde. Na maioria das vezes, a preocupação é com a saúde física, por isso foi criada a campanha Janeiro Branco, que propõe uma reflexão sobre a importância dos cuidados com a saúde mental.    

 

A campanha foi criada em 2014 e em 2023 virou lei (Lei Nº 14.556, de 25 de abril de 2023). O principal objetivo é propor ações visando a prevenção do adoecimento mental, que pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais, como, por exemplo, a depressão. Neste ano, a campanha Janeiro Branco traz como tema: O que fazer pela saúde mental agora e sempre? 

 

“Voltar o olhar para a saúde mental é muito importante. A gente vive num turbilhão de informações e ser lembrando sobre os cuidados necessários, como ter uma boa noite de sono e praticar uma atividade física, é muito importante. Voltando seu olhar para a saúde mental você está cuidando de você”, destaca a psicóloga Ellen Fernanda Oliveira Rodrigues.

 

COMO ESTÁ A SUA SAÚDE MENTAL?

 

A psicóloga Aurélia Magalhães explica que muitas pessoas não percebem que estão com a saúde mental comprometida.  “As pessoas não reconhecem que às vezes o uso excessivo de bebidas alcoólicas, de telas ou de qualquer mecanismo externo para trazer uma certa tranquilidade, são alertas de que a saúde mental não está boa. Isso não significa que vai precisar, por exemplo, de medicamentos; às vezes a terapia de autoconhecimento já traz o entendimento do porque a pessoa buscou esses hábitos”, pontua.

 

Diversos fatores podem comprometer a saúde mental; fatores genéticos, estresse, uso excessivo de telas, e até mesmo algum trauma. O adoecimento mental pode gerar sintomas, inclusive, físicos. “É muito comum ver na clínica pessoas com dores na coluna, dores de cabeça, dores de estômago, que não eram frequentes e que podem ser uma manifestação física de um adoecimento psíquico. Além disso, a pessoa costuma ficar mais irritada, ansiosa e pode começar a perder o foco e a concentração, o que acaba prejudicando relacionamentos e até o trabalho”, explica o psicólogo Moisés Alves.

 

COMO MANTER UMA BOA SAÚDE MENTAL

 

Para manter o equilíbrio da saúde mental é preciso investir em uma rotina mais saudável. Cuidar da alimentação, praticar uma atividade física, ter tempo para o lazer e para o descanso estão entre as ações que podem fazer a diferença.

 

Reduzir o tempo de uso de telas, como celular, também é recomendado. “A própria luminosidade excessiva prejudica. Tem ainda a exposição a vídeos muito curtos, então você acaba viciando o seu cérebro e a sua atenção vai ficando cada vez mais limitada”, complementa o psicólogo Moisés.

 

Para a psicóloga Ellen Fernanda, a convivência com pessoas que nos fazem bem também é importante. “Você percebe que não está sozinho, que pertence a algum lugar. As pessoas que vêm de outra cidade ou estado para fazer faculdade muitas vezes se sentem sozinhas. Construir vínculos e se sentir pertencente a algum grupo, seja ele qual for e do tamanho que for, é fundamental para uma boa saúde mental”.

  

ATENDIMENTO AOS ALUNOS DA UFJ

 

Minicurso psicologia

Minicurso “Bem cuidar: diálogos sobre prevenção e pósvenção do suicídio”, realizado em 2024

 

A Universidade Federal de Jataí conta com o Serviço de Psicologia, que possui quatro profissionais para o atendimento dos alunos. As sessões de psicoterapia são gratuitas e qualquer aluno pode solicitar o atendimento. Essa solicitação pode ser feita pelo e-mail: sep.prae@ufj.edu.br.

 

Os profissionais acompanham, por exemplo, jovens que mudaram de cidade ou de estado para estudar e que muitas vezes enfrentam as dificuldades de estar longe da família e de se adaptar à uma nova rotina.

 

Também são realizadas ações de prevenção. Em 2024 a equipe organizou o minicurso “Bem cuidar: diálogos sobre prevenção e pósvenção do suicídio”, que teve a participação de alunos e professores de diferentes cursos. "Eventos como esse permitem que a gente tenha bastante troca. Não só troca de informações, mas também de experiências e de afeto. Foi uma atividade muito enriquecedora”, reforça a psicóloga Ellen Fernanda.

 

A equipe já está planejando as atividades deste ano, entre as ações previstas estão oficinas e rodas de conversa. A psicóloga Aurélia Magalhães destaca a importância dessas ações, mediadas por profissionais. “Se eu tenho algum problema muscular, por exemplo, vou procurar um fisioterapeuta que vai me ajudar. Se quero melhorar minha alimentação, vou procurar um nutricionista. Agora, se a minha saúde mental não está legal, preciso buscar autoconhecimento e quem vai me ajudar é o psicólogo”. 

 

Fuente: Secretaria de Comunicação - SECOM/UFJ

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