
Mestranda em Química da UFJ desenvolve material que poderá ser usado em tratamento médico e odontológico
Estudo marca a primeira defesa de dissertação do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade
A dissertação de mestrado da aluna Jordanna Fernandes Assis, de 24 anos, do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal de Jataí (PPGQ/UFJ), foi a primeira a ser defendida dentro do programa. O trabalho sobre mantas eletrofiadas foi apresentado e aprovado no fim de maio de 2021.
O nome é complexo: mantas eletrofiadas de nanocompósitos de blendas de poli(n-vinilcaprolactama)/
As mantas eletrofiadas são como um tecido em renda com tramas minúsculas. São biocompatíveis para diversos fins, ou seja, com possibilidade de aplicação no corpo humano. “As mantas podem ser utilizadas como suporte para guiar processos de regeneração de tecidos, pois elas têm alta área superficial e porosidade, o que facilita a interação celular, permitindo aplicações médicas e odontológicas”, explica Jordanna Assis.
“O grande mérito do trabalho é ter introduzido as nanopartículas de hidroxiapatita, porque isso é inédito, e ainda ter testado a citotoxicidade do polímero e da hidroxiapatita e constatar que o material não é tóxico, o que significa que os próximos estudos já podem avançar pensando em aplicação in-vitro na liberação de medicamentos e logo começar a pensar em aplicação clínica”, resume o orientador, prof. Dr. Emerson Rodrigues de Camargo, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e docente do PPGQ/UFJ.
A apresentação foi feita em evento online, para uma banca examinadora formada pelas docentes doutoras Daniella Lury Morgado e Tatiana Batista. “O fato é ainda mais marcante devido à aluna ter sido egressa do nosso curso de Bacharelado e esperamos que sirva de inspiração para outras pessoas seguirem a carreira científica”, disse Tatiana Batista.
Para o coordenador do PPGQ/UFJ, prof. Gildiberto Mendonça de Oliveira “essa primeira defesa nos mostra que o programa alcançou um novo estágio e ainda consagrou o empenho de docentes e discentes que, apesar das restrições da pandemia, não deixaram de buscar alternativas para finalizar os trabalhos com qualidade”.
“Eu vejo nesses materiais uma forma indireta de salvar vidas, de ajudar pessoas”, é como Jordanna resume a importância do seu trabalho.
Fonte: Assessoria de Comunicação - ASCOM/UFJ
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